Quem pensa que as orelhas não são pontos de tratamento, está muito enganado. Para provar que elas podem curar, 18 servidores da Secretaria Municipal de Saúde (Semus) participaram de uma capacitação em auriculoterapia nessa quinta-feira (17) e sexta-feira (18), na Multivix, em Cariacica.

Desta forma, os profissionais, que atuam nas Unidades Básiscas de Saúde (UBS) do município, como nutricionista, dentista, enfermeiros, entre outros, tiveram aulas teróricas no início de outubro e agora concluíram o curso com as aulas práticas. Após as aulas práticas, os profissionais passarão por um estágio supervisionado de 20 horas, no edifício administrativo da Semus.

Ao final, recebem certificados e estarão aptos a atender aos pacientes nas UBS do município e aos servidores que desejarem melhorar a qualidade de vida.

De acordo com a fisioterapeuta e referência técnica nas práticas integrativas da Semus, Thaciane Klein, a auricoloterapia é derivada da acupuntura, e usada em pontos específicos da orelha para tratar e diagnosticar diversos problemas físicos, mentais e até emocionais. “A orelha é considerada um microsistema. E a auricoterapia consegue tratar o corpo inteiro, porque a gente tem o nosso corpo inteiro representado na orelha. Então, todos os membros, os órgãos, eles estão representados na nossa orelha. Então conseguimos trabalhar a pessoa como um todo, trabalhar de forma global”, explica.

A subsecrtária de Atenção à Saúde, Ana Beatriz Duarte, conrta que a implantação das Práticas Integrativas representa um grande avanço para a saúde no município e elas surgem para complementar o cuidado ao paciente nas UBS. “São recursos terapêuticos baseados em conhecimentos tradicionais, voltados para prevenir diversas doenças. Em alguns casos, também podem ser usadas como tratamentos paliativos em algumas doenças crônicas. Na Secretaria de Saúde,  essas a práticas também são ofertadas aos trabalhadores da saúde, que vem apresentando resultados positivos diante dos desafios diários. 

Para a enfermeira Lucy Calenzani, que atua no Pronto Atendimento de Nova Rosa da Penha, as práticas integrativas agem complementando a prática médica. “A partir da capacitação, teremos uma amplitude onde vários profissionais poderão trabalhar o bem-estar, tanto da saúde quanto da questão emocional também. Então a prática integrativa é muito importante nesse momento”, pontua ela.


Já a nutricionista Caroline Silva Palmeira, que atua no prédio administrativo da Semus, acredita que a terapia pode ajudar a todos, inclusive crianças e adolescentes. “Comoi trabalho na área técnica do programa de saúde na escola e aí eu já fico com os olhos brilhando pensando em como podemos levar isso às unidades escolares, para os próprios servidores, professores que estão na escola, mas para as próprias crianças, para ajudar nessas questões de ansiedade, de bullying.ajudar no  foco, na concentração. Acho incrível conseguir colocar essa prática entre atividades de complemento no tratamento à saúde”, conclui.